Menos TV, mais movimento
Pesquisa norte-americana mostra que reduzir pela metade o tempo gasto em frente ao televisor diminui o sedentarismo em pessoas acima do peso, o que leva a um maior consumo de energia e pode auxiliar o emagrecimento.
Por: Júlia Faria
Publicado em 08/02/2010 | Atualizado em 08/02/2010
Diminuir o tempo gasto diante da televisão contribui para aumentar a queima de calorias em pessoas acima do peso (foto: flickr.com/ratwood - CC BY-NC-SA 2.0).
Assistir menos à televisão ajuda a queimar calorias. É o que garante uma pesquisa com adultos obesos ou acima do peso feita na Universidade de Vermont, nos Estados Unidos. Os cientistas concluíram que os voluntários tiveram um gasto de energia maior ao reduzirem à metade o tempo que passam em frente à televisão. A quantidade de calorias consumida pelos participantes se manteve estável.
Os voluntários se dedicaram mais a atividades como ler, brincar com os filhos e passear com o cachorro
“Ainda que não utilize as horas em que não estava diante da televisão para praticar algum exercício físico intenso, o indivíduo experimenta um acréscimo no nível de atividade praticada”, diz Otten. Segundo ela, os voluntários se dedicaram mais a atividades como ler, brincar com os filhos e passear com o cachorro. “Isso pode ajudar a perder peso, mas é preciso que o aumento da atividade não seja trocado por um aumento na ingestão de calorias”, adverte.
Otten garante que esse é o primeiro estudo a comprovar o que para muitos parece óbvio. "Os resultados mostram que, para adultos obesos, o real impacto de assistir à TV em demasia é o decréscimo de atividade física praticada”, diz. A pesquisa foi publicada em dezembro de 2009 no periódico Archives of Internal Medicine.
e
Júlia Faria
Ciência Hoje On-line
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Cientistas advertem:
ver televisão é prejudicial à saúde
Obesidade, colesterol alto e tabagismo estão ligados a excesso de TV na infância
Por: Renata Moehlecke
Publicado em 27/07/2004 | Atualizado em 20/10/2009
Crianças e adolescentes que assistem televisão por duas ou mais horas diárias têm maior tendência a ter problemas cardiovasculares, obesidade, tabagismo e colesterol alto na juventude. A conclusão, de pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, é alarmante para os pais brasileiros: segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, o público infanto-juvenil passa, em média, três horas e meia por dia diante da telinha.
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Segundo os pesquisadores, vários comportamentos infantis poderiam explicar a ligação entre TV e problemas de saúde. "Os mais óbvios são a atividade física e a dieta alimentar", explica Hancox. O tempo passado diante da televisão poderia ser gasto na prática de exercícios, por exemplo. "Além disso, a publicidade na TV neozelandesa tende a promover uma dieta pouco saudável", acrescenta o pesquisador.
Mas qual seria então o limite de tempo saudável para se entreter com a TV? "Comprovamos que crianças que assistiam uma hora ou menos de TV diariamente são mais saudáveis", disse Hancox à CH On-line . Mas ele ressalta que não houve um número suficiente de participantes que não assistiam TV para estabelecer um tal limite.
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Crianças sedentárias, adultos obesos
Estudo aponta atividade física insuficiente em meninos e meninas de 3 anos de idade
Publicado em 30/03/2004 | Atualizado em 21/10/2009
Nem os mais novos estão a salvo dos malefícios do sedentarismo: um estudo britânico mostrou que, já aos três anos de idade, muitas crianças praticam menos atividades físicas do que deveriam e correm o risco de se tornarem adultos obesos. A pesquisa foi feita por médicos da Universidade de Glasgow (Escócia) e publicada em 17 de janeiro na revista The Lancet . A pesquisa apontou que o total de energia gasto pelas crianças durante um dia está 200 kcal abaixo da média recomendada. As principais causas desse estilo de vida sedentário são as facilidades da vida moderna que levam ao gasto mínimo de energia e os pratos cada vez mais calóricos e sem nutrientes consumidos pelas crianças. O alerta foi reforçado por um comentário publicado juntamente com a pesquisa, escrito pelo médico James Hill, da Universidade do Colorado (EUA). Segundo ele, é quase certo que essas crianças serão obesas e desenvolverão doenças que antes eram exclusivas dos adultos. "Baixo nível de atividade física é um fator de risco independente para o desenvolvimento de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas", disse Hill à CH On-line . Nos EUA, a obesidade já virou epidemia. Mais de 120 milhões de americanos (64,5% da população adulta) estão acima do peso ideal; entre eles, 59 milhões são obesos. Mas o problema não se restringe aos países desenvolvidos: em algumas capitais brasileiras, a porcentagem de crianças de 7 a 10 anos acima do peso está entre 25 a 33%. "O acesso a tecnologias como carros, computadores e televisão está cada vez mais comum", disse Hill. "É provável que a obesidade também seja um problema em países não-industrializados no futuro." O médico Mauro Fisberg, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acredita que a situação brasileira já é bastante preocupante. Na última Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, feita em 1989, a média de crianças de 7 a 10 anos acima do peso não ultrapassava os 5%. "Apesar de não termos dados nacionais mais novos, os números registrados em algumas capitais brasileiras já são seis vezes maiores", alerta Fisberg. No Brasil, já existe um programa para combater a obesidade infantil. O International Life Science Institute Brasil (ILSI Brasil), organização que reúne universidades, governos e indústrias, desenvolve projetos de diagnóstico precoce da obesidade e programas de incentivo à atividade física em escolas públicas e privadas. 30/03/04
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Correio do Estado - Últimas Notícias/MS
O aumento da obesidade entre brasileiros já provoca reflexos nas estatísticas de mortalidade do País. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta um crescimento de 10% das mortes provocadas por diabetes mellitus entre 1996 e 2007. A doença, intimamente associada ao aumento de peso, figura como a terceira causa de mortalidade dos brasileiros, atrás de doenças cerebrovasculares (como derrame) ou doenças do coração. Em 2005, ela ocupava o quarto lugar neste mesmo ranking. "Estamos sentados em cima de uma bomba-relógio", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao comentar os números. Nos próximos dias, Temporão deverá apresentar à presidente eleita Dilma Rousseff um Plano de Enfrentamento da Obesidade, com propostas de ações para serem desenvolvidas por diversas áreas do governo, incluindo, além da pasta da Saúde, Ministério dos Esportes e da Educação. A proposta prevê ainda o envio ao Congresso de projetos de lei para melhor regular o tema. Uma das propostas em estudo é a de tornar nacional a iniciativa de alguns Estados, de proibir alimentos muito calóricos e gordurosos nas cantinas das escolas. Além de favorecer a diabetes, a obesidade também é considerada como fator de risco para alguns tipos de câncer - outra doença cujo índice de mortalidade aumentou 4% no País entre 1995 e 2007.
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