Funk como manifestação cultural
Por Marianna Araujo (texto adaptado para fins didáticos)
O ritmo surgiu no rastro das inovações musicais dos negros norte-americanos nos anos 60. Foi a partir do soul, do jazz e de outros gêneros, que DJs brasileiros, sobretudo o DJ Malboro, desenvolveram o “som de preto e favelado” que animava os bailes cariocas ao final dos anos 80.
Na década seguinte, o funk tornou-se popular e saiu do Rio para ganhar o país. Canções como o Rap do Silva, Rap do Solitário e cantores como MC Marcinho, Sapão e Bonde do Tigrão caíram no gosto da juventude e contribuíram para afirmar a força do movimento.
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MC Leonardo é um dos fundadores do Movimento que surgiu recentemente no Rio de Janeiro, procurando reunir artistas do gênero e fortalecer o funk enquanto manifestação cultural. Para os integrantes do Movimento, o gênero é hoje uma das maiores manifestações culturais de massa do país e “está diretamente relacionado aos estilos de vida e experiências da juventude de periferias e favelas”, afirmam no manifesto da APAFunk (Associação de Profissionais e Amigos do Funk).
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Assista ao trecho do trailer oficial do documentário "Sou Feia, mas tô na moda.".
Os bailes Funks superaram a violência dos chamados "bailes de corredor" e o Funk passou a ser o "Funk do prazer". No Manifesto do Movimento "Funk é Cultura", Mcs e Djs , explicam que o monopólio de poucos empresários gera uma dinâmica que suprime a diversidade das composições, estabelecendo uma espécie de censura no que diz respeito aos temas das músicas. "Assim, no lugar da crítica social, a mesmice da chamada “putaria”, letras que têm como temática quase exclusiva a pornografia.
Mas isso vai mudar...
Projeto de Lei que transforma o Funk em Movimento Cultural é aprovado no Rio de Janeiro.
O projeto de lei aprovado assegura a realização de manifestações próprias relacionadas ao funk. De acordo com a norma, os assuntos relativos ao estilo musical devem ser prioritariamente da competência de secretarias ou outros órgãos ligados à cultura.
O texto também proíbe qualquer tipo de discriminação e preconceito contra o funk.
O funk é da favela, mas ele também canta para o asfalto.
A partir de hoje, a favela vai voltar a cantar para o asfalto, avaliou o DJ Malboro.
Com isso a produção do Funk deverá fica mais ampla e diversificada, MCs e Djs vão compor a poesia da Favela.
Observe os comentários abaixo :
“Gosto muito de baile funk”, disse Adriana Rattes. “O reconhecimento do funk como manifestação cultural é um grande avanço institucional. O que se promove hoje é um novo marco legal das políticas públicas em relação ao funk, que envolve o reconhecimento também do seu valor transformador. O funk tem a potência de transformar a sociedade. Isso não é parceria nem intenção, é compromisso”, afirmou secretária estadual de Cultura. “Reconhecer o funk como manifestação popular, como linguagem, como cultura, é coisa óbvia”, disse Tereza Porto, secretária de Educação do Estado.
Agora, faça o seu comentário sobre a importância da organização dos profissionais e amigos do FunK!
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